João Carlos Cwiklinski nasceu em Curitiba, PR, em 09/09/1964. Atual presidente da Casa da Cultura Polônia Brasil (CCPB), da qual é um dos membros fundadores, é formado em Administração e Comércio Exterior e tem uma vasta experiência no setor securitário. Ele foi tesoureiro da entidade nas gestões anteriores e, mesmo atuando no mundo corporativo, sempre esteve muito próximo das questões que permeiam a cultura polonesa de maneira nata, como ele mesmo frisou em entrevista concedida ao Boletim TAK (julho-agosto/2020). O interesse e o amor pela polonidade que correm em suas veias ele herdou dos pais, imigrantes poloneses que deixaram seu país por causa da Segunda Guerra Mundial. Sempre orgulhosos de suas origens, eles chegaram ao Brasil com outros imigrantes e duas filhas nascidas no velho continente e se estabeleceram em Curitiba, em 1949, onde João Carlos e outra irmã nasceram. Os laços estreitos que o unem, assim como toda a família, ao país de seus ancestrais é mais forte que qualquer distância ou fronteira, e isso está muito presente na vida de João Carlos. Sempre dedicando seu tempo a ações e eventos da cultura polonesa, o jovem João se dividia entre atividades culturais e artísticas e, em 1985, começou a participar do Grupo Folclórico Polonês da Sociedade União Juventus. Com o passar dos anos, seguiu sua jornada cultural em grupos de canto e dança folclórica, como o Conjunto de Canto e Dança Junak de Folclore Polonês e, mais atualmente, o grupo Master do Wisła – Grupo Folclórico Polonês do Paraná, entre outras atividades que contribuem para o fortalecimento e destaque da cultura polonesa no Paraná e no Brasil. É inegável a importância da língua de origem quando o assunto é manter a cultura viva, e essa é uma das bandeiras que João Carlos levanta. A manutenção do idioma, por meio de seu ensino a crianças, jovens e adultos, tem sido um dos elementos que sustentam o trabalho do presidente da CCPB. Ele destaca esse aspecto quando diz: Lembro muito da presença marcante do idioma, dos meus pais falando e cantando em polonês entre si, com os filhos e com os vizinhos poloneses. Lembro-me das minhas irmãs mais velhas participando de coral e grupo folclórico polonês, que me influenciou a participar também e ir dançar na Polônia em 1986. Com dupla cidadania, João Carlos não esconde seu orgulho e respeito pelo país de seus pais, bem como reconhece a importância da acolhida dos imigrantes na América, em especial no Brasil, e muito tem feito para colaborar com as relações entre a comunidade polono-brasileira local e a Polônia atual, levando em conta sempre as tradições do velho mundo que algumas famílias mantêm vivas aqui, mas que necessitam seguir em consonância com novos modelos. O ano de 2021 se soma a quase quatro décadas de bagagem acumulada, anos nos quais João Carlos tem atuado como importante agente difusor da cultura polonesa no Brasil, contribuindo para a manutenção da memória da imigração polonesa e seus descendentes, como: dançarino do Grupo Folclórico Polonês da Sociedade União Juventus (1985 a 2000); participante no Festival Folclórico de Rzeszów – Polônia (1986 e 2014) e do 1º Simpósio Cultural Brasil-Polônia – Sociedade União Juventus / Universidade Federal do Paraná (1988); dançarino da montagem polonesa da Ópera Halka, do compositor Stanisław Moniuszko – Curitiba (1992) e do Conjunto de Canto e Dança Junak de Folclore Polonês (2010 a 2017); membro da comissão diretiva do Conjunto de Canto e Dança Junak de Folclore Polonês (2011, 2012, 2016 e 2017); membro fundador e integrante da diretoria executiva, no cargo de tesoureiro, da Casa da Cultura Polônia Brasil (2012 a 2020); membro do Conselho Municipal da Cultura de Curitiba (2015 a 2017) e da Aintepar – Associação Interétnica do Paraná; representante do Conjunto de Canto e Dança Junak de Folclore Polonês (2016 a 2018); associado da Sociedade Polono-Brasileira Tadeusz Kościuszko (desde 2019); integrante do grupo Master do Wisła – Grupo Folclórico Polonês do Paraná (desde 2020) e da diretoria executiva, no cargo de presidente, da Casa da Cultura Polônia Brasil (desde 2020). João Carlos Cwiklinski é um homem de poucas palavras e muita ação, e isso reverbera em seu trabalho, que tem ganhado destaque na gestão da CCPB, assim como o de outros importantes membros, que se revezam na difícil tarefa de zelar pela memória, difundir a cultura e tornar um idioma estrangeiro de interesse da comunidade e fora dela.
Saiba mais em entrevista concedida pelo presidente da CCPB ao Boletim TAK, n. 16 (julho-agosto/2020), clique aqui.
(Autoria: Meg Mamede)
(João Carlos Cwiklinski / Foto: Acervo pessoal)
(Grupo folclórico polonês em apresentação durante Festival de Etnias no Teatro Guaíra em Curitiba, PR, no final dos anos 80 / Foto: Acervo pessoal)